Direitos iguais aos "diferentes"

Desde o século XX, a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia, passando a ser vista como uma característica encontrada em alguns seres. Assim, a hetero ou homossexualidade do indivíduo, condiz com outras características básicas, como a cor da pele, a estatura e afins.
Apesar de essas idéias serem aceitas no mundo científico, ainda há bastante desacordo em relação à elas. Na opinião de muitos, a homossexualidade ainda é uma doença, da qual o indivíduo pode ser "curado".
Estes tipos de pensamentos, além de primitivos, agridem psicologicamente pessoas com essa condição sexual, às vezes atrapalhando na auto-aceitação e levando-as a ignorar sua vontade, tentando adaptar-se à regra imposta pela maioria.
A visão religiosa do assunto, transforma a prática homossexual em um pecado e uma ofensa à determinada entidade espiritual, fazendo com que essa ação seja vista como vergonhosa e degradante. A intolerância das igrejas, que são grandes formadoras de opinião, é uma das principais causas da homofobia.
Recentemente, a aprovação da união homoafetiva e as discussões sobre a PLC 122 - que apesar de ter sido aprovada pela câmara, aguarda aprovação do congresso -, geraram ainda mais polêmicas acerca do tema. Chegaram a haver mobilizações de grupos de extrema direita, que tinham como objetivo vetar a lei, mas nenhum obteve sucesso.
Apesar de tardio, o reconhecimento dessas relações é reconfortante aos homossexuais, que sempre foram postos a margem da sociedade.
As principais controvérsias a respeito da PLC 122, são as alegações de que a lei restringe o direito à livre expressão, porém, as mesmas pessoas que dizem isso, são aquelas que tentaram privar os homossexuais de sua liberdade por anos. A nova lei visa a proibição de atos, não de pensamentos homofóbicos, isto é, ninguém é obrigado a aceitar, mas a respeitar.
Enquanto todos os setores da sociedade não se adequarem ao que é diferente, e respeitar isso, serão necessárias leis como essa, afinal, não se pode exigir direitos sem cumprir os deveres.
Apesar da introdução do assunto às mídias, alguns ainda agem como se este fosse um assunto que pode ser ignorado, enquanto outros consideram essa introdução um risco, podendo manipular mais pessoas a "aderirem" a essa sexualidade. Entretanto, a homossexualidade não é uma escolha, ou seja, este argumento perde totalmente o sentido.
É utópico imaginar um mundo sem preconceito, seja racial, sexual, de gênero, entre outros, porém, os níveis de agressões - verbais e físicas - diminuirão radicalmente, se a lei for devidamente aplicada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário